Envelhecimento da População Global 2013
quarta-feira, março 20th, 2013Standard & Poor’s publica relatório: “Envelhecimento da População Global 2013: Enfrentando os Desafios”
Madri, (20 de março de 2013) — A Standard & Poor’s Ratings Services tem visto uma melhora significativa nas posições orçamentárias de países soberanos mais ricos, desde a publicação em 2010 de sua avaliação global do impacto do envelhecimento das sociedades sobre as finanças públicas. Embora o rápido acúmulo de endividamento desde 2007-2008 — e os consequentes grandes déficits registrados por muitos dos governos soberanos que avaliamos — tenha chamado a atenção para os gastos relacionados com o envelhecimento populacional, vários países têm reformado seus sistemas previdenciários e de saúde — os dois componentes dos programas relacionados com o envelhecimento que tipicamente são responsáveis por 40% dos gastos do governo de acordo com relatório publicado ontem pela Standard & Poor’s: “Envelhecimento Global 2013: Enfrentando os Desafios”, que atualiza as informações publicadas relatório anterior, parte de uma série iniciada em 2002, analisa os efeitos fiscais sobre as populações em envelhecimento.
“Se os países soberanos superarem suas dificuldades econômicas e orçamentárias pós-crise e forem bem sucedidas na adaptação de seus sistemas de saúde aos desafios demográficos, as pressões exercidas pelo envelhecimento de suas populações poderão ser gradualmente contidas no longo prazo — o que é uma conclusão de certa forma supreendente diante do atual estágio da crise da dívida soberana”, disse Marko Mrsnik, analista de crédito soberano da Standard & Poor’s e autor do relatório.
Várias nações começaram a implementar medidas previdenciárias e de saúde pública, visando acomodar tanto as necessidades de suas populações em processo de envelhecimento quanto suas pressões orçamentárias de curto prazo, embora o enfraquecimento econômico e a redução dos níveis de emprego, em algumas dessas nações, estejam atenuando o impacto de tais medidas que, associadas ao aumento dos custos de captação, podem prejudicar seus esforços para estabilizar suas dinâmicas de endividamento. A Standard & Poor’s acredita, no entanto, que as mudanças estruturais e a consolidação orçamentária que muitos países soberanos implementaram recentemente deverão melhorar suas perspectivas de finanças públicas sustentáveis.
“Isso deve ser apenas o começo de um período de décadas de tensão entre duas prioridades aparentemente confltantes: os gastos públicos com os sistemas previdenciários e de saúde para as populações em envelhecimento e a necessidade de se conter o endividamento e os déficits orçamentários dos governos soberanos”, disse Marko Mrsnik.
Embora os custos relacionados sejam frequentemente vistos como um problema enfrentado principalmente pelos governos soberanos mais ricos, a análise da Standard & Poor’s sugere que isso pode se tornar também um problema nos mercados emergentes.
O relatório de 2013 inclui simulações de métricas hipotéticas de ratings de crédito soberano de longo prazo em vários cenários:
• O cenário em que “não há alterações nas políticas”, as nações não tomam nenhuma medida de planejamento voltada à população em envelhecimento.
• O cenário em que o “orçamento está equilibrado”, os ajustes orçamentários resultam em um orçamento equilibrado em 2016 para todos os governos soberanos.
• O cenário de “nenhum envelhecimento”, a legislação contém aumentos futuros nos gastos relacionados com o envelhecimento sobre o período da projeção.
• O cenário de “baixas taxas de juros” em que uma taxa de juros de 2% prevalece durante o período de estudo e não uma taxa de 3% como no cenário em que nenhuma política é alterada.
• O cenário de “crescimento mais alto do PIB”, em que o crescimento do PIB é incrementado em 1% ao longo do período da projeção.
Para demonstrar a escala de desafios, até 2050, sob o cenário em que “não há alterações nas políticas”, cerca de 60% dos governos soberanos analisados no relatório de 2013 apresentariam métricas de crédito que a Standard & Poor’s atualmente associa com os ratings de crédito soberanos em grau especulativo, ante os atuais 20% — embora suas finanças tenham melhorado desde o relatório de 2010.
Como em relatórios anteriores, o relatório publicado agora em 2013 também nota que a Standard & Poor’s não acredita que o cenário em que “não há nenhuma alteração nas políticas” se desenvolverá, dada a baixa probabilidade de os governos permitirem que suas cargas de dívida aumentem sem que alguma reforma seja realizada. De fato, este relatório de 2013 apresenta as melhoras obtidas até o momento, como resultado dos esforços aplicados desde 2010.
Clique aqui para acessar o relatório completo em inglês.