Brasil foi única economia dos Brics a avançar em ranking de competividade de 2012-2013
sexta-feira, outubro 19th, 2012O Brasil voltou a subir cinco posições no ranking, passando para a 48ª colocação e ultrapassou África do Sul assumindo a segunda posição entre os Brics (formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), sendo a única economia dos Brics que cresceu no Relatório de Competitividade Global 2012-2013, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial. O ranking é elaborado a partir de pesquisas de opiniões e percepções com 14 mil empresários em 144 países no mundo.
Apesar de aumentar sua pontuação geral de competitividade, os Estados Unidos continuam a cair no ranking pelo quarto ano seguido, perdendo mais duas posições e chegando à sétima posição. Além das crescentes vulnerabilidades macroeconômicas, alguns aspectos do ambiente institucional do país continuam a despertar preocupações entre líderes de negócios, particularmente a baixa confiança popular nos políticos e uma visível falta de eficiência do governo. De um ponto de vista mais positivo, o país continua a ser uma potência inovadora global e seus mercados funcionam de forma eficaz.
A Suíça, pelo quarto ano consecutivo, lidera o ranking geral do Relatório de Competitividade Global de 2012-2013, divulgado hoje pelo World Economic Forum. A Singapura continua na segunda posição e a Finlândia, na terceira posição, ultrapassando a Suécia (4º). Esses e outros países do Norte e Oeste da Europa dominam o top 10 juntamente com a Holanda (5º), Alemanha (6º) e Reino Unido (8º). Estados Unidos (7º), Hong Kong (9º) e Japão (10º) completam o ranking do top 10 das economias mais competitivas.
O relatório indica que a Suíça e países do Norte da Europa estão consolidando suas posições de forte competitividade desde a crise financeira e econômica de 2008. Por outro lado, países do Sul Europeu, ex. Portugal (49º), Espanha (36º), Itália (42º) e particularmente a Grécia (96º) continuam a sofrer o enfraquecimento da competitividade em termos de desigualdade macroeconômica, pouco acesso ao financiamento, mercado de trabalho restrito e um déficit em inovação.
Apesar de ter caído três posições na classificação geral, a China, que ocupa a 29ª colocação, ainda lidera o grupo. Os demais países do grupo também registraram quedas em relação ao ano passado.
A Índia caiu três posições passando para 59ª colocação, a África do Sul passou da 50ª para a 52ª colocação e a Rússia desceu uma posição no ranking, passando para o 67º lugar.
O Brasil aparece agora entre as 50 economias mais competitivas do ranking, e a melhora de posição acontece apesar do índice de inflação de quase 7%. O estudo afirma que o país:
- melhorou nas suas condições macroeconômicas;
- tira proveito de ter o sétimo maior mercado interno do mundo;
- foi elogiado por seu uso cada vez maior de tecnologias da informação e comunicação;
- melhorou o acesso a financiamentos para projetos de investimentos.
No entanto, o Brasil ocupa posições baixas na avaliação de empresários sobre eficiência do governo e confiança em políticos. A qualidade da infraestrutura de transportes continua como um desafio de longo prazo que não foi abordado, e a qualidade da educação não condiz com a necessidade cada vez maior de força de trabalho qualificada.
Os esforços do Brasil para incentivar micro e pequenas empresas são reconhecidos, mas o país ainda é visto como um dos mais difíceis para novos empreendedores, com percepção de que os impostos são altos demais e provocam distorções na economia.